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Governo Trump vai reajustar presença militar global para focar na América Latina

Jato de guerra decola do porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, no mar do Caribe em Divulgação/Marinha dos Estados Unidos O governo Tru...

Governo Trump vai reajustar presença militar global para focar na América Latina
Governo Trump vai reajustar presença militar global para focar na América Latina (Foto: Reprodução)

Jato de guerra decola do porta-aviões USS Gerald Ford, da Marinha dos Estados Unidos, no mar do Caribe em Divulgação/Marinha dos Estados Unidos O governo Trump passará a focar mais na América Latina e no combate à imigração e, em contrapartida, irá se afastar de seu papel global, segundo a estratégia de política externa publicada pelos Estados Unidos nesta sexta-feira (5). ✅ Siga o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp A estratégia prometeu um “reajuste de nossa presença militar global para enfrentar ameaças urgentes em nosso Hemisfério, afastando-nos de teatros cuja relevância relativa para a segurança nacional americana diminuiu nas últimas décadas ou anos”. A publicação da nova estratégia de política externa ocorre em meio a uma ampla mobilização militar no Caribe e uma escalada de tensões sem precedentes contra o governo venezuelano de Nicolás Maduro. O combate a cartéis de drogas latino-americanos, como relatado pela Casa Branca desde agosto, está no documento. (Leia mais abaixo) O documento expõe de modo veemente o objetivo de reforçar a influência dos EUA na América Latina e reduzir ao máximo a presença de países não-ocidentais. Com isso, é possível que a presença militar americana na região seja mais duradoura do que previamente esperado. Veja os vídeos que estão em alta no g1 Chamada de Estratégia de Segurança Nacional, o documento norteia as políticas externas que serão tomadas por um governo para buscar a supremacia de seus interesses sobre os dos demais países. Publicada periodicamente por diversos países do mundo, esta é a primeira do segundo mandato de Donald Trump. O documento delineia três elementos principais no realinhamento militar na região: "Uma presença mais adequada da Guarda Costeira e da Marinha para controlar as rotas marítimas, conter a migração ilegal e outras formas indesejadas de migração, reduzir o tráfico de pessoas e de drogas e controlar rotas de trânsito essenciais em situações de crise"; "Empregos direcionados para proteger a fronteira e derrotar cartéis de drogas, incluindo, quando necessário, o uso de força letal para substituir a estratégia fracassada baseada apenas na aplicação da lei nas últimas décadas"; "Estabelecer ou ampliar o acesso em locais de importância estratégica". O documento afirma que os EUA também buscam "reafirmar e aplicar a Doutrina Monroe para restaurar a predominância americana no Hemisfério Ocidental", com uma "restauração poderosa" do poder sobre a região. Cunhada pelo presidente americano James Monroe, essa doutrina prevê "a América para os americanos", em que qualquer tentativa de recolonização por outros países seria vista como uma ameaça direta aos EUA. "Negaremos a competidores de fora do Hemisfério a capacidade de posicionar forças ou outras capacidades ameaçadoras, ou de possuir ou controlar ativos de importância estratégica em nosso Hemisfério", afirma o documento. A China é o país não-ocidental com maior presença no Hemisfério atualmente, e tem laços comerciais com diversos países da América Latina —inclusive, é o maior parceiro comercial do Brasil. Segundo a estratégia, o governo Trump acredita que a influência de alguns países sobre a América Latina "será difícil de reverter", porém os EUA vão apostar no aspecto que, muitas vezes, essa relação se dá mais pelo fator comercial que pelo alinhamento ideológico. "Iremos alistar amigos já estabelecidos no Hemisfério para controlar a migração, interromper o fluxo de drogas e fortalecer a estabilidade e a segurança em terra e no mar. Também iremos expandir, cultivando e fortalecendo novos parceiros, ao mesmo tempo em que reforçamos o apelo de nossa própria nação como o parceiro econômico e de segurança preferido do Hemisfério", afirma o documento. Veja, mais abaixo, o que mais a nova estratégia de segurança do governo Trump prevê. Estratégia de segurança dos EUA O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca Reuters/Brian Snyder Publicada nesta sexta-feira, a nova estratégia de segurança nacional do segundo governo Trump busca uma "correção de conduta em relação às gestões anteriores" que, segundo o documento, procuraram a dominação global, sobrecarregaram o país e permitiram que aliados terceirizassem seus custos de defesa para os EUA. O documento publicado pela Casa Branca acusa a Europa de bloquear progresso no acordo de paz sobre a Ucrânia, prevê um "grande foco" em Taiwan por conta da dominância da ilha asiática na produção de semicondutores. A "transferência de responsabilidades" dos EUA para seus aliados é um dos grandes focos do documento. Essa prática é mencionada tanto no leste asiático quanto no Oriente Médio, por exemplo. Leste asiático: pediu para Japão e Coreia do Sul um aumento de gastos em Defesa, com mais investimentos militares com "foco nas capacidades para dissuadir adversários". "Também iremos endurecer e fortalecer nossa presença militar no Pacífico Ocidental, enquanto, em nossas relações com Taiwan e a Austrália, manteremos uma retórica firme sobre o aumento dos gastos em defesa". Oriente Médio: a estratégia é "mudar responsabilidades e construir a paz". Com o bombardeio a instalações nucleares do Irã e o acordo de paz na guerra na Faixa de Gaza, é possível diminuir o foco na região e se apoiar em seus parceiros locais, que "estão demonstrando seu compromisso em combater o radicalismo", segundo o documento. O governo dos Estados Unidos quer ainda, sob a presidência Trump, acabar com as migrações em massa no mundo e fazer do controle das fronteiras "o elemento principal da segurança" americana, segundo o documento.

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