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Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026, diz pesquisador

Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026 O estudo que usa o Car-T Cell, tratamento inovador que modifica células do nosso si...

Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026, diz pesquisador
Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026, diz pesquisador (Foto: Reprodução)

Car-T: terapia contra câncer pode ter pedido de registro na Anvisa em 2026 O estudo que usa o Car-T Cell, tratamento inovador que modifica células do nosso sistema imunológico, para combater tipos de leucemia e linfoma pode ter o pedido de registro feito junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no segundo semestre de 2026. A previsão foi passada ao g1 por Diego Clé, médico do Hemocentro de Ribeirão Preto (SP), um dos principais polos da pesquisa. Atualmente, o estudo se concentra em recrutar um número maior de voluntários para verificar a eficácia do tratamento. A segurança, por sua vez, já foi constatada há pelo menos um ano, depois que a primeira etapa da pesquisa chegou ao fim com quatro pacientes recebendo a terapia. Os dados da fase inicial foram encaminhados à Anvisa, que autorizou o início da etapa seguinte. Faça parte do canal do g1 Ribeirão e Franca no WhatsApp Com isso, cinco hospitais iniciaram o recrutamento de ao menos 77 voluntários: Hospital das Clínicas, Beneficência Portuguesa e Sírio Libanês, em São Paulo (SP), Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto e Hospital de Clínicas de Campinas (SP). De acordo com Clé, a expectativa é de que os recrutamentos ocorram em número mais expressivo a partir dos próximos meses. "Tem uma exigência da Anvisa de que eles tratassem primeiro um paciente, esperasse um tempo para ver se correu tudo bem, para depois liberar, na verdade, a inclusão de vários ao mesmo tempo. Então, todos eles já trataram um paciente e agora estão recrutando outros. Os quatro centros já estão ativos e agora recrutando mais pacientes. Então, a gente acredita que, a partir desse ponto, os recrutamentos vão ser maiores", disse. O Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto foi o que aplicou a terapia em mais pacientes até agora, destaca o pesquisador. "O HC de Ribeirão Preto, como é o centro que já está habilitado a fazer mais casos, a gente já tratou mais pacientes. E, no total, a gente completou mais ou menos um quarto dos tratamentos previstos." 🔎 A terapia baseada em Car-T também pode ser usada em outros tipos de doença, mas, no caso deste estudo, é aplicada contra leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B (veja abaixo). Terapia Car-T é esperança para pacientes com câncer TV Globo/Reprodução LEIA TAMBÉM RESULTADOS: Paciente tem câncer em remissão há 18 anos com Car-T Cell ECONOMIA: Estudos clínicos no Brasil querem reduzir em até 80% custo da Car-T ESPERANÇA: Como terapia pode ser mais eficiente na luta contra o câncer Registro na Anvisa Após a conclusão dos testes, o grupo de pesquisa deve formalizar o pedido de registro da terapia na Anvisa. Inicialmente, essa etapa estava prevista para 2025, mas o prazo precisou ser prorrogado. 🔎 O registro é uma etapa necessária para que o tratamento possa ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo Clé, o atraso se deu pelo início mais lento do que o esperado no recrutamento de voluntários. "Nós tivemos alguns problemas no estudo, principalmente o recrutamento mais lento no começo, que é uma exigência regulatória, a gente achou que fosse ser mais rápido, mas pelo perfil dos pacientes serem graves, isso demorou um pouco mais. Então a gente, pelo primeiro cronograma, a gente tá atrasado na inclusão, mas, na verdade, nós estamos em uma velocidade que a gente acha que tá adequada." Para que a tentativa de registro seja feita em 2026, no entanto, o médico destaca a necessidade de os centros conseguirem recrutar os pacientes faltantes e, assim, concluir os testes. "Nós não vamos conseguir o registro no final deste ano, mas a previsão é para 2026. A próxima [etapa] é pedir a aprovação para Anvisa. A nossa expectativa é completar os 25% do estudo agora, no final do ano. E no ano que vem, daí vai depender muito se a gente vai conseguir manter essa taxa, porque os centros agora estão muito engajados e estão recrutando bastante. A gente acredita que para o segundo semestre do ano que vem, a gente consiga completar os tratamentos e, no segundo semestre, talvez mais para o final do ano que vem, pedir o registro na Anvisa." Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em Brasília Jornal Nacional/ Reprodução E os resultados de eficácia? O pesquisador ressalta que ainda é cedo para tirar conclusões sobre resultados relacionados à eficácia do Car-T Cell, devido à sequência dos testes. Apesar disso, ele cita que a taxa média de 50% de cura, observada nos primeiros pacientes, continua. "O resultado de todos, a gente não consegue olhar agora, porque tem um comitê de segurança que avalia os resultados de tempos em tempos. Como ainda não atingiu os 25%, 50%, tem alguns marcos para eles fazerem as avaliações. O que a gente sabe é que está sendo seguro, não teve nenhum evento grave nesses pacientes. E que, aparentemente, o que a gente tem visto na prática é que continua a mesma taxa de eficácia que a gente tinha nos outros casos. A eficácia que a gente tinha nos primeiros pacientes, esses que a gente tem um tempo mais longo, ao longo do período de tempo, é cerca de 50%." Centro de produção do Car-T Cell em Ribeirão Preto, SP Fábio Júnior/EPTV Células de defesa 'treinadas' O tratamento com o Car-T Cell envolve a retirada de glóbulos brancos, que são as células de defesa do organismo do paciente, por meio da coleta de sangue pela veia. Conhecidos como linfócitos, eles são reprogramados geneticamente em laboratório para reconhecer e combater as células cancerígenas, no caso a leucemia linfoide aguda de células B e o linfoma não Hodgkin de células B. As células são manipuladas e expandidas em laboratório e devolvidas à corrente sanguínea do paciente. Infográfico do Car-T Cell Hemocentro de Ribeirão Preto (USP)/arte g1 Veja mais notícias da região no g1 Ribeirão e Franca Vídeos: Tudo sobre Ribeirão Preto, Franca e região

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